Retrato Psicanalítico

Há um dilúvio de interrogações em meu ego...

Confecciono perspectivas em minhas reflexões

Que me geram no silêncio de minha ansiedade

Um arsenal de hipóteses que me deixam cético

Diante de atributos adversativos dos desejos

E me pego a flutuar no éter das sensações...

Convido-me a sazonar pelas veredas metafísicas

E engato marcha ré frente a um vácuo nebuloso

Em que uma areia movediça é seu estado pantanoso

Que veicula átomos que desvendam vidas psíquicas...

Num torvelinho de emoções respiro fatalidades...

Em meu firmamento íntimo enclausuro estrelas cadentes

Que se tornam redivivas através de encarapuçados ingredientes

Que são produzidos anonimamente por meu organismo sedutor

E mesmo enfermo em minha atmosfera vivencio combustão e amor!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 06/07/2012
Código do texto: T3764498
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