Anos-Luz
Anos-Luz
Sempre que houver luar
Terei a companhia das estrelas
As constelações servir-me-ão de amas
Embalando-me com as lendas remanescentes da antiguidade
Também eu vim do sempre e estou
E toco-me,
E certifico-me de que existo como porvir do passado-presente
Agradeço os sentidos, o tacto, o odor
O facto de estar vivo e lá no alto ver
Que ainda cintilam
Para mim, aqui, agora
Pequenos pontos brilhantes
Desaparecidos há milhares de luminosos anos-luz.
Moisés Salgado