Gemidos poéticos

Há que se transcender a tua imediatês

Seja em que língua for... Dê lá o toque

Sê exigente com teu pobre português

Sendo só! Não tenha dó... Povoe e voa

Ao lado, acompanhado ou a reboque.

No elo infinito dos misteriosos labirintos

A poesia jubilosa geme e pede despojo

Pela letra ali sentida que da veia jorra...

No casulo silencioso a borboleta dorme

O poema estremece e goza a sua casca

Quer alçar o voo sinfônico das libélulas

Rompendo tempo e espaços galácticos

Obsessivo ao ouvido das suas células

Sem a preocupação dos poetas clássicos

Pousa ali a tua pena e engula suas pílulas

Não há território demarcado à poesia

O que vale é capturar o belo das coisas

Antenado aos barulhos do mundo vadio

Com as amarras soltas dos cais afoitos...

Navegar o verso do escuro à luz do dia

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 18/08/2012
Reeditado em 18/08/2012
Código do texto: T3836716
Classificação de conteúdo: seguro