Sonâmbulo, talvez.

Longe dos passos da madrugada

Dentro do quarto louco

A visão de um mundo

Onde o maior segredo

Brinca com o sonho do poeta.

Seus olhos atingem as estrelas

Quando o coração iluminado

Aquece o quarto de poesia.

Ao lado direito

Um criado mudo

Caderno e caneta.

Ainda sob efeito perfeito

O sonâmbulo do mundo

Escreve em alinhos e desalinhos

Para entrar na obra de arte

Do seu acervo pessoal.

Ligações interpretadas

Que só os poetas sofrem

Por isso trazem com amor

Coisas lindas

Totalmente imaginadas

Como presente para a vida

Onde ninguém ousa esclarecer.

Pois o lado da alma encantada

Revela para os leitores

Amantes da poesia

E conseqüentemente do amor

Pelas brisas orvalhadas

Que em noites declaradas

Os poetas viajam...

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 26/02/2007
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