Decifra-me Fonte,
ensina-me a diluir-me nesta onda
onde a força cósmica  permite imaginar
tudo que  sou.

Decifra-me,
conduz-me e lança-me neste abismo sem fim,
gozo continuo  sem respostas.

Cativa-me,
torna-me completamente enlouquecida,
incompreendida por aqueles que não sabem voar,
não sabem amar, não se permitem sentir.

Faz-me ser assim, 
completamente sem projetos, 
sem tormentos,
sem solução.

Uma incógnita,  louca, lançada no mundo
perdida, maluca, indelevelmente evoluida
cosmicamente travessa,
consciencia expandida.

Habitando um  universo
repleto de imaginação,
tornando-me estrada e caminho
*flâneur á deriva, decifrando a solidão.

(*flâneur- termo frances,  alguém que passeia sem compromisso pela cidade aparentemente sem objetivo)
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 20/10/2012
Reeditado em 24/10/2019
Código do texto: T3942112
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