Atrás da vidraça

Do vidro escorrem gotículas

São estilhaços do céu que chora

Em forma de arte e de mistério.

Dá um nó na alma que implora

Queixosa e tremula é a voz das coisas.

Os ramos beijam-se com a ventania.

A aurora se desprende do manto noturno

Solfejos dos lábios que vejo ao raiar do dia

Cultivados na madrugada da dor soturna

Desce lenta e bela a estrela dos amantes.

Levamos à boca a taça da ventura.

Brilha no ar como quilate de diamante

Entre beijos, apertos e abraços...

Fico enternecido com esse rompante

É um mundo de amor e de ternura.

És a taça de cristal, por onde às vezes cuido

Desse fascínio que comove até os incrédulos

Pelo esmero que vejo nestes versos lapidados

É o ir e vir do coração que pulsa em pêndulo

Ao encostar a fronte no teu peito

Que acaricia e realiza assim desejos

E ouvir-te dizer amor, após um beijo.

Duo: Arlete Brasil Deretti Fernandes e Hildebrando Menezes

Navegando Amor e Arlete Brasil Deretti Fernandez
Enviado por Navegando Amor em 29/10/2012
Código do texto: T3958006
Classificação de conteúdo: seguro