INTERROGANDO O SILÊNCIO

Interrogando o silêncio

De minh'alma muda,

De minh'alma surda,

Plenamente me sentencio:

Preciso me calar.

O silêncio da alma não fala, irradia...

O silêncio da alma só se ouve por telepatia.

Preciso me silenciar,

Se quero que minh'alma me ouve.

Preciso aprender

Que para ela me compreender,

É preciso que o silêncio, com harmonia, eu louve.

Interrogando silenciosamente,

A minh'alma me ouviu,

A minh'alma em silêncio repetiu

A voz do meu coração suavemente:

Para se curar o veneno,

O antídoto, o remédio,

Vem por intermédio

Da transmutação do próprio veneno, em soro pleno.

Para interrogar

O silêncio da alma e ser ouvido,

Não se pode emitir nenhum ruído.

É preciso, sabiamente, silenciar.

A alma finge de surda

Para que possamos

Transmutar, tudo o que falamos

De forma tão absurda,

Num extasiante silenciar.

Silêncio prá lá!

Silêncio prá cá!

Interrogando o silêncio, o ser, sempre haverá de se extasiar.

A alma finge de muda

Para que possamos deletar

O nosso constante murmurar,

E inserir em nossa vida, uma nova muda,

A muda da árvore do silêncio.

Aprendi isto

Com O Nosso Senhor Jesus Cristo,

O Cósmico Mestre que vivenciou sabedoria com os Essênios.

Sócrates disse: _ " Homem! Conhece-te a Ti Mesmo!"

Jesus disse: _ " Homem! Cura-te a Ti mesmo!"

Eu digo parafraseando,

Aliás, silenciosamente, interrogando o silêncio, ele foi logo irradiando:

_ "Homem! Cala-te para ouvir-te a Ti Mesmo!"

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Este texto foi publicado em 16/06/2010. O sábio silêncio da Montanha, sussurrou-me hoje que ele deveria ser publicado novamente com pequenas alterações. Paz à todos os corações!

Welinton

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