Flauta Atemporal

Toca o som da flauta,

Tudo... sente... falta! [...]

Verdes campos.

Camponesa canta

Seu amor,

a seu amor;

Voa livre o beija-flor.

Quanto amor!

Toca o som da flauta,

Tudo... sente... falta! [...]

Mar cinzento, nevoeiro.

Chora sempre

Apaixonado,

o derradeiro;

Suicídio à beira-mar.

Quem tentou amar!

Toca o som da flauta,

Tudo... sente... falta! [...]

Descolorido céu.

Anjos curvados,

Anjos caídos,

excomungados.

O inferno foi criado.

Grande mau lançado!

Toca o som da flauta,

Aquele que não sente falta.

Aquele que não sente.

Aquele que não falta.

Toca a flauta,

Tudo falta.

Nada falta.

Tudo existe, nada existe.

Só o som da flauta.

Felipe Costenaro
Enviado por Felipe Costenaro em 28/11/2012
Código do texto: T4009898
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