O CANTO DOS VIVOS

Desejo essa imortalidade,
resistente em cada lenda.
O sigilo denso das florestas.
O índio e sua tenda.

Procuro a força do bem,
para anular meu próprio mal.
A espada justiceira de um Anjo,
Um pacto celestial.

Preciso saber do mundo,
ver além dessa janela.
Sentir o fogo de um vulcão,
cauterizando a terra.

Eu quero esquecer de vez,
toda e qualquer solidão.
Dar adeus a tudo isso,
desligar a televisão.

Desejo ver algo novo,
ter um segredo diferente.
Algum amor ou ilusão,
um mistério envolvente.

Quero ir a qualquer canto,
chegar ao meu lugar.
Conhecer o contorno das trilhas,
sem tanta pressa de voltar.

Preciso ser o que sou,
algo vivo...homem desperto.
porque preciso urgentemente,
por algum sonho ser liberto.
Márcia Nazaré
Enviado por Márcia Nazaré em 16/12/2012
Reeditado em 21/08/2017
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