O BANHO E LUZ DO TEU OLHAR!

O BANHO!

Doçura do querer,

Afagos matinais,

Langor de viver

Nas margens ideais.

Sereno da cascata,

Brisa em profusão,

Coração em serenata

No dorso do ribeirão.

Água fria, envolvente!

Corpos numa imersão

De amor absorvente

Nas águas da emoção.

Emergir em diapasão

Do meandro cristalino

Do regato da ilusão...

Olhos doces, sorrindo!

Na face, gotículas e rubor,

Cabelos soltos ao vento,

Arfante, o peito em amor...

Amantes, amando lento!

O sol devora a manhã,

Vapor sobe das águas,

O par, em esperança vã,

Pensa esquecer mágoas.

A água não retornará

De seu curso original

Dos amantes levará...

Um retrato sensual!

*****

LUZ DO TEU OLHAR!

Teus cílios em filigranas

Cobrem uma auréola de luz,

Igual um silente convite

Pra descortinar-te a íris.

Diáfana chama de sedução,

Bailando no teu olhar...

Olhos que são um luzeiro

Pra minha alma clarear!

Fagulhas fazendo gorjeios

Na periferia da pálpebra,

Descortinando a retina

Para a liberdade surgir.

Órbita ocular de fulgor,

Raios de plena doçura...

Reduz todo o universo

Em teus olhos, meu amor!

O nosso mundo é faceiro

Mimoseado na eternidade,

É, porque Deus, o Criador...

Fê-lo igual a um olho teu!

Tua íris de amor colorida

Protege a pupila ligeiro

Com retina de agasalho

Ante meu olhar matreiro!

Depressão amena dos olhos

Na fralda do inerte nasal,

São côncavos de felicidade

Nascentes da diáfana luz.

Enquanto teus olhos luzirem

Na aridez da minha existência

Terei sempre uma escotilha

Para escapar da nau errante

(aa.) S.A.BARACHO.

conanbaracho@uol.com.br

Fone: 0(xx)31 3846 6567

Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 12/03/2007
Código do texto: T410007