E SE...
... as mãos, essas improváveis inimigas
A nos traírem, no toque, resolvessem elas,
Nas inconstâncias, nas dúvidas, (e na ânsia)
E nos burlassem o mistério de nós mesmos?...
... nossos olhos, esses constantes inimigos
A pôr à mostra nossas sempre inquietudes
Nos clamores, na fuga, se pusessem eles,
Em dúbia sintonia, (des)afinada com o peito?...
... nossas bocas, essas inimigas comprovadas
A clamar o toque, numa osmose confessional
Se encontrassem, no quem sabe um dia, elas,
O que faríamos, nós, senão, aquiescer à prova:
O que sim, talvez, (ou não), sugere o coração?
...