fantasma
" Sinto-me qual fantasma que apenas flutua por todos os lugares, sem a nenhum pertencer, assombrando com coisas passadas e se assombrando com tantas coisas guardadas. Mas nada é fixo. Tal fantasma liberto do corpo, torno-me aparentemente desprendido de tudo, mas atravessando as fronterias do tempo, percebo que estou preso as memórias, remoendo o que já se foi e mal-dizendo o que não veio.
Estou condenado a ser somente um pálido espectro de algo que talvez tenha sido, mas principalmente encontro-me perdido no redemoinho de sentimentos do ainda por vir. Um fantasma ansioso e rancoroso. Sem alam. Sem calma. Sem qualquer paz. Vago entre o ontem e o amanhã, prendendo-me totalmente ao hoje.