O Líder e o Rebanho

Os dentes da maldita serpente injetam o veneno;

Ajoelhado, sangro e choro por toda essa vil humanidade;

Estupros, prisões, fogueiras, chauvinismo em toda cristandade

Foram praticados; mas meu amor reside nos humildes e pequenos.

Meus discípulos me abandonam diante dos olhos ardentes dos perigos;

Injúrias e blasfêmias heréticas foram cuspidas em meu imaculado rosto.

O espírito é forte, mas o coração humano é cheio de vilezas e desgostos,

E com um beijo capitalista sou traído e vendido pelo meu próprio amigo.

Sou a vontade e as quimeras pelo homem idealizadas?

Sou a verdade de bálsamos e morfinas na alma inoculada?

Sou a resposta suprema das indefinidas indagações humanas?

O calvário de acordar, de viver, e de existir nunca descansa;

Qualquer ilusão para se ter fé é melhor que nenhuma esperança,

E mais um Dogma conduz nosso rebanho para guerras profanas?!

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 18/04/2013
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T4246743
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