Pulsar

Pulsar

No silencio das noites, o eterno.

Os mundos fervilham, brilham correm.

Em pulos quânticos, siderais disputam.

Um lugar no concerto universal supremo.

O nosso, turvo, no escuro inferno.

As lavas no seio escorrem.

E na superfície as larvas transcorrem

Na desavença, na dor, no caos interno.

Grão de areia no cosmo silenciosa

É a terra, pulsando ruidosa.

Uma força transcendente.

Gerada na lágrima, na gente!

É forno, é forja, de dor e amargura.

E o pobre, ser homem, tentando a altura

Elevar-se ao silencio do Cosmo inutilmente!