Sou o lapidário de mim mesmo

Bastaram-me as várias existências

Que detive em toda vida

Vali-me das experiências

Consagrado a mais querida

De todas as paixões

Das andanças dos tropeços

Das fechadas dos portões

Estive velho, estive moço.

Lutei como nunca nos sertões

Muito rico, e poderoso.

De escudo e espada em punho.

Defendi a honra com bravura

E ouvia com tanta formosura

As histórias de reis unos

Combati, cambaleei ferido.

E no golpe já sofrido

Nunca jamais me entreguei

Hoje, busco nas mensagens.

Algo mais que a passagem

Lembro às vezes, com assombro.

Lugares, pessoas que jamais vi

Que a beleza de esquecer

E assim esquecendo, esqueci

Foi nos dado por Deus supremo

Cai se o véu, quando aqui buscamos.

Tirar dos mais belos exemplos

Continuar na busca continua

Onde a singela cortina

Das casas, dos templos.

Dos caminhos percorridos

Fomos vilões, fomos bandidos.

Pecamos buscando o conhecer

Hoje mais atento, reconheço.

Cabe a nós mesmos percorrer

O que impõe nos o recomeço.

Texto psicografado - Um espírito amigo

Roberto F Storti e Um espírito amigo
Enviado por Roberto F Storti em 21/05/2013
Código do texto: T4301885
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