Bondade

Estou temeroso quanto aos versos

que possam advir sobre mim,

pode ser que o mundo desfragmente

e não nos sobre montar raízes.

As passagens mais emblemáticas são praia,

interior e a cidade. Corpos pegam fogo

no vinho, preparam o porvir

para goladas de sensação sacra.

Fica mais claro agora

que suas fumaças são o cerne

de um ardor de amor a faísca

de um maior contato com Deus.

Quem se enche de virtude reparte

em dois três parangonados na roda

declamando e bolando as massas.

Dichavar confunde-se com as conversas

no caleidoscópio de ruas da Augusta,

das bibliotecas públicas e púbicas

dos teatros. Agora a Virada Cultural

e os bares de quiosque para a mistura

de odores na bruma noturna. Na metrópole

voam carros e arranha-céus

e curraizinhos verdes e pessoas sem eixo.

O cachorro late e morde o pinto

por trás, o gás e a penugem engasgam

a bicharia, que tosse e exala

o hálito de aromas na serração.

"Vai se divertir e volta morto!"

o bandido com a polícia armam saques

alternados, e a única segurança é torcer

de roupa simples e poucos adornos.

Adorno essas horas é bagulho

e um sorriso às vistas são todos,

claro caso se tocar o rock'n roll

rima com a pedra cristalina

brilhando na falha de Andrews e lares

da periferia longe e rente os emaranhados,

a água se esvaiu e sobraram pingas

e becks bolados, prateleira, bucho e Mente.

Universo Primitivo, 13

PEPPER
Enviado por PEPPER em 25/05/2013
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