...__O arrebol d´Alma...__

Os fios argênteos da lua me tocam

Adentram nesta derme semi pálida

Usufruindo de mias veias que se transformam

Num nylon translúcido de pulsação gélida

Meu pulso ainda baila saltitante

Mas catatônico, num ballet anti charmoso

A merencória ainda toma-me plangente

Haurindo meus versos e espírito sequioso

Ouço o séquito zelando por meu corpo

Em elegias lamentosas e frias idolatrias

Odes calamitosas perfurando o meu roto

Acordes tenebrosos de cândida melancolia

O meu sol aos poucos por aqui s´apaga

Fenece num arrebol docemente cantante

Purificando totalmente mia insana mágoa

Para o renascer do inesperado luar apaziguante

Sinto as lambidas gélidas do abissal

A melarem esta face tão carrancuda

Entregue estou ao meu inferno, ao meu mal

Infausto bardo, forjado pelas lâminas imundas

E os vermes esfaimados cá s´apetecem

De cada verso, cada neurônio ainda vivo

Colonizando este vate d´ardores qu´aquecem

O amor qu´ainda reina em meu mundo perdido

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apenas um ensaio poético...

ao som de Empyrium

http://www.youtube.com/watch?v=FEQA9kfU_H0&list=FLgMC4kRYGTAJydn06Nd4oeg

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 25/07/2013
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T4403498
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