__...Flâmulas da Reverberação__...
Uma inércia envolta à catatonia
Vergasta lânguida em meu peito
Um ardume real de misantropia
Estrangula as entranhas em meu leito
Estarei eu fadado a um acre efeito?
Meu corpo transmuta em centelhas
Luzidos corpos celestinos d´Amor
E aos cântaros planjo lumes e candeias
Flâmulas de meu sangue rubro em licor
Estarei eu ergastulado pela dor?
Um´enxovia de paredes cinéreas
Encobre a sombra de meu todo ser
É o lacre de mi´alma nesta epopeia
Fustigando ardilosa o meu dúctil apetecer
Estarei eu despedindo do sofrer?
Um lupanar entre a penumbra de mia luz
Transmutado em lisonjes maestosos d´infinito
São os Arcanjos qu´a meu imo se reluz
Haurindo a essência do fel em catabolismo
Estarei eu sobre as plumas cá jazido?
A lufada então desgrenha o meu zimbório
Perpetuando um salubre toque divinal
São as curvas dos amplexos e seus pólipos
Reverberando o meu cerne desigual
Estarei eu transmutando deste mundo irreal?