__...Flâmulas da Reverberação__...

Uma inércia envolta à catatonia

Vergasta lânguida em meu peito

Um ardume real de misantropia

Estrangula as entranhas em meu leito

Estarei eu fadado a um acre efeito?

Meu corpo transmuta em centelhas

Luzidos corpos celestinos d´Amor

E aos cântaros planjo lumes e candeias

Flâmulas de meu sangue rubro em licor

Estarei eu ergastulado pela dor?

Um´enxovia de paredes cinéreas

Encobre a sombra de meu todo ser

É o lacre de mi´alma nesta epopeia

Fustigando ardilosa o meu dúctil apetecer

Estarei eu despedindo do sofrer?

Um lupanar entre a penumbra de mia luz

Transmutado em lisonjes maestosos d´infinito

São os Arcanjos qu´a meu imo se reluz

Haurindo a essência do fel em catabolismo

Estarei eu sobre as plumas cá jazido?

A lufada então desgrenha o meu zimbório

Perpetuando um salubre toque divinal

São as curvas dos amplexos e seus pólipos

Reverberando o meu cerne desigual

Estarei eu transmutando deste mundo irreal?

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 19/08/2013
Código do texto: T4441895
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