Democracia e outras palavras...

Ruídos, latidos, escuridão,

Assim é a imensidão do meu ser poético

Entre formigas no piso ao ver a imagem da torre de celular

A piscar no meu olhar.

Não há vento, mas sim, uma brisa a cantar

O meu pensamento.

Vozes pueris na rua, numa noite de domingo

Entre brincadeiras mil.

A imensidão me clama aos ecos

Do silêncio refletido na escuridão

Do corredor.

Parabólicas, caixas d´´aguas, luzes dos postes,

A temeridade à vista ao sombrio

Do tempo marcado pelo relógio da vida.

O frio entorpece a alma

Entre janelas e um céu sem estrelas,

Que marcam esta noite, em que a plenitude morcega

No pulsar do coração.

Escuto uma voz não brasileira

A gritar pela rua a palavra

Democracia com veemência

Em forte luta ou bebedeira de um frustado latino.

O funk de um carro mudou o tom

E o ritmo desta poesia, onde o poeta

Não olha para os fatos, pois só sente, escuta

E imagina através do seu olhar

O resplendor do ecoar do mar.

(Poeta cabo-friense Rodrigo Octavio)

Publicado no Jornal de Sábado em 01/10/05.

Rodrigo Poeta
Enviado por Rodrigo Poeta em 18/04/2007
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T453944
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