HUMANAMENTE ROSA

Não te vejo rosa

Frágil, sensível...

- Ferida!

Tampouco jogada,

Despetalada...

Um nada ao sabor dos ventos.

Não te conheci rosa,

Dilacerada pelos espinhos,

Dobrada por açoites

De ventos,

De tempos

Ou secura cruel.

Vi-te rosa

Apenas rosa

Impregnando a tudo

Doando odor

Mesmo as ventanias

Derramando cor

Até nos espinhos

Atentando-lhes a aspereza.

Vi-te audaz

Nas agruras das intempéries

E das más intenções

Esperando sair “mal me quer”.

Vi-te florescer

Em despudorado desabrochar

Em sensual sorrir

E flor menina,

Vi-te fazer-se mulher

E, poeta ou louco,

Fui-me aliviado

Por não ser um general

Mas um simples jardineiro;

- Apenas seu cuidador!

* p/ "Ju"