O óbvio
Fiz o meu melhor sempre
Mas nunca foi o suficiente
Plantei sementes que morreram
Amei pessoas que sumiram
Perdi amigos e parentes
Sem despedir-me deles
Vivi construindo paredes
Que eu mesmo depois quebrei
Às vezes perdi a calma
E quis viver só de alma
Abandonei a minha casa
E continuei vivendo nela
Preparei armadilhas e contratei sentinelas
Foi isolado num cubículo
Que eu entendi o óbvio:
Não há nada mais difícil
Do que domar o seu próprio espírito
Só o que temos, entretanto
É todo o tempo do mundo