Palavras

As palavras estavam perdidas

Não deixavam, por mim, serem ditas

Na crua essência de ser

Agora saindo como espumas de cólera

Da boca do tempo que ruge,

As horas que são compostas por pequenos compassos

Com passos mal feitos defeitos num refazer perfeito

Meu doce alento é apenas ouvir: as pedras

Que exalam e falam

Das flores que estavam ali

No meio do caminho do poeta que cai tropeça

Tropeça cai e cai enfim...

Mais que simplesmente sei

É que não sou poeta, mas pétalas

Das pedras que estavam ali

Entre palavras mastigadas

Paulo Marcos
Enviado por Paulo Marcos em 07/05/2007
Código do texto: T478769
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