Tragam -me de volta!




Tragam-me de volta !

Desmancho-me,agora,em amarga prece.
Deveras,mortas horas, cruel incerteza,
Chegou,enfim,o tempo,sem que pudesse,
Sentia tristeza maior que a própria tristeza!

“Retorna ,então, tosca e pobre alma sofrida!
Posto que,tua ventura ,há muito,que morreu”
A alva columba de paz,perdera-se fenecida,
Tragam a criança de volta,aquilo que sou eu!

Invadia-me alegria maior que a própria alegria.
D’alma ,oculta sob densas brumas, a catedral,
Correndo,entre vales de lírios, eu nada percebia
Que sofreria,ainda do martírio dum estranho mal

Súbito,Deus em cósmico rodopio,de divina dança.
Ah!Que ouvindo entre estrelas,o coro de serafins,
Nasceu esperança maior que a própria esperança...

Ainda que ilusão fosse,trouxe o bem que há em mim!