vida

nada disso se faz

atrela-me a esse corpo

fugaz

é o artifício da vida

fogo-fátuo do mundo

voraz

Não quero que a poesia seja aquilo que não posso, não devo omitir de mim. Andando de madrugada pelo jardim, não encontro flores, odores, sabores. Encontro o ontem, com aquela vontade, que luto para que não seja execrável, de topar com o amanhã, que chega logo depois.

Rio, 13/02/2007