PROSPECÇÃO

Um felino repousa sobre a moldura dura

Da janela de madeira, na beira

Observa os prédios, tédios

Os ébrios sérios

Estrondos fônicos, sônicos

Dos aviões, gaviões

De metal, letal

Aos ouvidos, zumbidos

Pássaros feridos, queridos

Por quem sabe amar, acamar

Acalmar, aclamar e não chamar

De seu o que é livre e vive

exclusive e inclusive

Pela liberdade, liberdade na realidade

Dentro da lei, é rei

Quem tem o poder de poder

Errei, é rei quem é rico, fico

Em luto, puto

Por nada poder fazer, lazer

É privilégio de poucos, de loucos

São chamados os que querem sonhar, ganhar

Mais vida e não mais dinheiro, banheiro

Dos homens que dão descarga na carga

Da consciência lesada, pesada, enfadada, fadada

Ao fracasso de ter milhões, bilhões

E não valer um centavo, escravo

De si, do papel, do sistema, esquema

Humano para ser mais desumano, inumano

A cada ano.

Adriel Alves
Enviado por Adriel Alves em 25/11/2014
Código do texto: T5048672
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