Universo Niilista
Viver é um pecado, viver é uma heresia, é um sacrifício
Onde somos holocaustos para o divertimento das divindades?
Viver é um vício, é o narcótico das massas cheio de precipícios
Em que escondemos e idealizamos nossas religiosas brevidades?
A Morte é o único barco que nos translada para a genuína redenção?
A Morte é a cura para a doença viral que é o existir, que é a vida?
A Morte não é uma elegia, nem um dogma, nem mesmo uma tradição;
A morte é nosso paraíso onde deidades e crenças são consumidas.
A eternidade é uma ilusão, é um fruto dos covardes delírios humanos.
O coveiro da morte enterra e desterra as vaidades de teu tosco coração,
E teus desejos e teus conhecimentos nascem das raízes do desengano,
Tuas maldades e tuas bondades não são a chave de tua justificação.
A morte é o elixir que cura todos os vácuos desse sol morto e profano?
A morte é o templo onde o silêncio e o nada são a única absolvição?