Universo Niilista

Viver é um pecado, viver é uma heresia, é um sacrifício

Onde somos holocaustos para o divertimento das divindades?

Viver é um vício, é o narcótico das massas cheio de precipícios

Em que escondemos e idealizamos nossas religiosas brevidades?

A Morte é o único barco que nos translada para a genuína redenção?

A Morte é a cura para a doença viral que é o existir, que é a vida?

A Morte não é uma elegia, nem um dogma, nem mesmo uma tradição;

A morte é nosso paraíso onde deidades e crenças são consumidas.

A eternidade é uma ilusão, é um fruto dos covardes delírios humanos.

O coveiro da morte enterra e desterra as vaidades de teu tosco coração,

E teus desejos e teus conhecimentos nascem das raízes do desengano,

Tuas maldades e tuas bondades não são a chave de tua justificação.

A morte é o elixir que cura todos os vácuos desse sol morto e profano?

A morte é o templo onde o silêncio e o nada são a única absolvição?

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 14/05/2015
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T5241387
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