Pássaro solitário

Pássaro solitário voa por aí

longe do seu bando...pousa...

num alto galho seco de um jequitibá

ouve o lamento de um colibri

e o grito de uma sabiá...

pássaro sem ninho fraternal

amante de Órion e da Aurora boreal

voa em direção a nebulosa

saudoso da linda rosa...

seu voo é fúnebre

seu cortejo é pela própria carne

voa o espectro de luz apagada

levando no bico um ramo da amada

se em Órion nasce estrelas

talvez renasça aquela desalmada

é lá que ele plantará o ramo da sua luz

coitado,a esperança o seduz!

sentado na lua aguardará bebendo lágrimas

e sorrindo para Auroras coloridas na terra

enquanto no peito berra a dor contumaz

se a rosa não brotar nunca mais

já decidiu voar e morar em Antares...

Mário Corredor
Enviado por Mário Corredor em 31/05/2015
Código do texto: T5261781
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