No quarto, mais um elemento.


Quebro a cuca:
Na quina da lua,
na sombra do sol,
nos passos pelo mar
num lago deserto,
sentindo o tempo no nada,
achando os sonhos perdidos,
brincando de criança sempre,
dividindo o impossível,
e essa madrugada clara no peito
em que travo um duelo feroz
com o meu interno desejo.
O creptar duma flor
pelos meus olhos flamejantes,
com o coração borbulhando
na palma d'água da minha própria mão.
Um segredo tarado
apertando-me um bocado,
destilando essa essência
que por si só,
a alma de uma poesia
que quer ir além.
Por isso:
Cada osso sabatinado
e cada músculo trabalhado.
O sentimento é totalmente iluminado,
o poder é de pura sedução,
no corpo de um homem,
fraco fisicamente,
mas forte e transcendental,
poeticamente...
É quando realmente encontra,
a felicidade...
Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 15/06/2007
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