Ao alumiar da estrela

À bênção minha mãe preta,

desse imenso solo dos gerais!

À cândida feição que não vi,

ao imenso desejo de vê-la,

repousou o esboço de tua face,

na mente dessa filha que não te foi,

todavia te quis ser para abençoar...

Às ironias ditas da vida, ao conceber

que podias te eternizar para tê-la,

só mais um tempo que fosse

para em teu colo um pouco te falar

do quanto queria te ter perto

e reconhecer-me uma filha morena

que sou, mais amorosa e doce a ti,

Ai,mãe preta, passa-se o tempo

e tua cansada matéria na esquife

te sublima o ser, na cálida saudade

de uma filha que não te teve mãe,

sobretudo num almejo infindo de ter

acesa na lembrança tua suave face

já idosa, mas tão moça na tez

que se perderam, assim, teus anos...

Oh, mãe preta desses grandes gerais,

traz o acalanto ao teu filho parido,

que em nenhum lampejo te esquecerá.

Aproveita e nos remete tuas bênçãos!

Oh, mãe preta dessas terras dos gerais!

Tua bênção... somente tua bênção.