sementes de morango

impúberes ainda

desciam contentes da vida

correndo pela colina

a não restringir-lhes os sonhos

a mão de um senhor tão medonho

que deixa que a vida nos passe

depois cobra o desenlace

era pra elas brinquedo

do tempo jamais tinham medo

chegaram lá embaixo ofegantes

os ombros mexendo, arfantes

os seios querendo falar

as bocas indo se encontrar

num doce beijo de amor

Rio, 03/07/2007