Pé de dedo.

Pé de dedo.

Semeei cutículas na terra.

Em tempo de paz e de guerra.

No raro e suspenso jardim.

Entre tomates pimentas e jasmins.

Entre boldos e girassóis.

Melancias laranja e sóis.

Sob o olhar cauteloso.

No terceiro andar do meu olho.

Toda semente jogada.

Naquele canteiro estranho.

Brotando de forma insana.

Atraindo o passarinho “Quintana”

Pairando como colibri.

Querendo atrair para ti.

Todo o encantamento da vida.

E tu, alheia; perdida,,,

Entre cuecas, lençóis.

Sob a chuva e o sol.

Atrás o velho varal.

Está meu “Éden” e o sal.

O pólem que traz a abelha.

Aquele fio de centelha.

Que brilha no pavio da vela.

Que o meu anjo revela.

Eu quero a horta florida.

mostra-la para meus netos.

Que tu percebas a vida.

Que existe neste afeto.

Que afasta de nós todo medo.

E vou plantar minha pele.

No meio do nano-arvoredo.

E ver nascer pé de dedos.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 10/07/2007
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T558899
Classificação de conteúdo: seguro