Poeira de estrelas

Fragmentos de estrelas

caem nas mãos calejadas,

revelando enigmas,

devaneios inconfessáveis.

Frágeis pés, descalços,

pisando a centelha divina

são fraqueza e humanidade,

traços de um Hércules-Aquiles

comedido e simplório.

O Tempo, efêmero,

é vilão indispensável

que não perdoa deslizes,

mas afronta seus sonhos

e trai seus instintos.

Uma única gota derramada

do precioso sangue divino,

poderia recobrar sua Liberdade,

redimi-lo do infortúnio

ou jogá-lo eternamente

no abismo das mentiras prodigiosas,

da miséria humana ignorada.

Escrita em maio de 2007.

Joyce Amorim
Enviado por Joyce Amorim em 14/07/2007
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