Poeira de estrelas
Fragmentos de estrelas
caem nas mãos calejadas,
revelando enigmas,
devaneios inconfessáveis.
Frágeis pés, descalços,
pisando a centelha divina
são fraqueza e humanidade,
traços de um Hércules-Aquiles
comedido e simplório.
O Tempo, efêmero,
é vilão indispensável
que não perdoa deslizes,
mas afronta seus sonhos
e trai seus instintos.
Uma única gota derramada
do precioso sangue divino,
poderia recobrar sua Liberdade,
redimi-lo do infortúnio
ou jogá-lo eternamente
no abismo das mentiras prodigiosas,
da miséria humana ignorada.
Escrita em maio de 2007.