Ode à Beleza
Oooh!
Em ti deleitam-se. Oh, beleza!
És plena em áurea de ilusão
Boca ou colo? Ah, imprudência!
E todos caem em conversão
Oooh!
Ante o tempo renovas e discutes
Do vermelho ao negro, no verão
Do claro ao pequeno, sois imunes
De não seres musa da emoção
Aaah!
Te suspiro em súplicas reais
Pois temo viver em tal prisão
Sois em si completa, sois primaz
És pura, és singela, és perfeição
Aaah!
És dádiva que encanta e acalma
Em falta só inspiras compaixão
Tu, beleza, por vezes negas a alma
E transformas o bom em perversão
Sim!
Estou presa nestas tuas rédeas
A tua presença desvirtua o coração
Nos esvazias em conquistas prévias
Em ti doam ou negam-nos a paixão