LUMINUS
Mistério doce... Silêncio que escuta
imagem, e timbre transparente recita o
poema vazio.
E a fonte da fonte, o nada eloquente,
percepção do espelho, olhos mudos
desfocados... A bruma é a refração
da lágrima celestial.
Fronteira do território vertical,
a rarefeita presença que desesconde o ser.
Gota era e será ar, e todas as palavras
se tornarão obsoletas.
O poeta não terá dúvidas ou inquietações,
o amor falará em versos de luz.