POEMA SIDERAL
As estrelas brilham, serenas, no celeste
céu perpetuamente povoado de astros fulgurosos.
Cometas perdidos, incandescentes, vindo do leste
do Cosmos, associam-se aos gases nebulosos.
Os astros se irmanam numa família sideral;
astros novos, astros maduros, astros idosos:
a Via Láctea parece uma Babilônia astral.
Buracos negros, que absorvem toda a luz,
espreitam estrelas ainda adolescentes.
Perto deles, tudo é escuro, nada reluz,
nem mesmo os bilhões de sóis incandescentes.
Plêiades, Ursa Maior, Câncer, Alfa-Centauro,
as estranhas forças dos buracos, absorventes,
apagam o intenso brilho do Universo, auro.
Universo perenemente a se renovar...
Novos astros que surgem, que se consomem,
nova chama que brota, nova vida, chama ardente,
astros jovens a serem conquistados pelo Homem.
O Universo rende-se, oferece seu esplendor
para que possam nele coexistir Cosmos e Homem,
sem discórdias, sem guerras, apenas com amor!