Um tolo e o Outro Cego
Doce suco se espera
Da fruta madura que vê-se
Mas o seu gosto o nega
Só fel amargo se sente
Da doce voz, tão tenra
Uma bondade parece transbordar
Mas a frágil boca bela
Só crueldades consegue vomitar
Então no conhecimento falho
Duma razão que se fez se narcisar
E dum amor que espera Ordálio
Não se sabe em quais se confiar