Acima e para o alto, se quiseres
O alto do céu sem calamidades fustigantes
encimo meu domicíliar além do sonho azul
celeste que é meu custo devanear que seja
oferecendo flôres alvas em castelo erguido
sendo eu mesma o jardim das esperanças
Elevo na alma retirante seja sentir nublada
a já acostumada rainha elegante incompleta
com a visão augusta de sorrisos sem culpas
na tarde o meu bem ousar nuas amanhãs
altamente à frente este avistar o mar anil
Ergo meus plátanos castos com ingenuidade
fico aquém dos meus Himalaias do espírito
refletida no ego repente que se despertará
e o mundo desliza aos pés de meu arvoredo
suplicando-me pela virtude que se faz água
Sim, estou além das feridas ou convulsões
delirante enlevo plácido como a noite vesga
embuída que sou por amores nunca amados
ao esquecer a espelunca do mundo ingrato
coração alerta nos poderes somente meus
Acima do inglório fenecer no cimento urbe
em campo a cada plantação de genialidade
floras que deveras são patrimônio ornados
seres quão decerto amôres necessitam uso
estarei completa vestindo sublimes luzes!
Veredas de cidade selva não se interpõem
jamais chegam a envelhecer as verdades
das muitas que consigo segurar nas mãos
floreados de cançonetas me fazem ouvido
e ao longe escutarei matilhas sem desejos
Estarei bem alto, altissimo nublar celestino
a contemplar ermidas quais vejo solitárias
patrimônios de meu reinar como princesa
senhora que sou de meu ser desvelado ali
no castelo esgueirado por tão bem louvar!