NAS CURVAS DO VENTO

A chuva d’outono me chamou para dançar,
Para errar pela rua, rejuvenescer,
Fui, fluí, deixei o seu som me levar...
Dancei, ultrapassei os limites do meu ser.

Me senti, como há tempos não me sentia,
Um menino inventado pelo encanto,
Um homem em estado de anistia.

Eu; a chuva, nas curvas do vento brando,
O manifesto poético, eu exalando,

A essência milenar de uma flor amaranto.
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NO EMBALO DA CHUVA

Mansa chuva que cai, graciosa e macia,
acalma minh'alma, me traz alegria,
tão grande, intensa... há muito não sentia.

 Eu a sinto em mim como terno acalanto,
que alivia e seca toda dor, todo pranto,
purifica meu corpo e, por isso, eu canto.

 Escuto-a, lá fora, como um terno embalo.

 Mergulho no sono, aproveito o intervalo.

HLuna