PAUSA
Pausa súbita sobre a folha avulsa,
a escrita é morta, a emoção não pulsa,
não há temática. O sangue está frio.
A boca da noite aspira pontas de estrelas,
a vida cheira amores secretos,
o inseto tem insonia na planta.
Tudo é vago entre idéias fugidas,
a emoção está reclusa na escuridão:
imóvel, inerte, impotente,
diante uma inspiração ausente.