REVELAÇÕES INCONSCIENTES...*

O inconsciente, não se revela fácil. Fornece pistas que só o outro consegue no diálogo elucidar. No entanto este diálogo revelador comumente é bloqueado pelo sentimento de culpa que é cultural, e se constitui como tal numa situação limite do ser (elenco de situações-limites: erro, culpa, medo, dor e perda).

 Há teóricos, na atualidade, que antagonizando S. Freud, afirmam que se houver possibilidade de que o inconsciente se revele, então não existe inconsciente. No entanto, se todo o inconsciente não se revela, o que fica, sendo tudo ou parte dele, pode ser colocado como inconsciente, sendo, portanto, este argumento fiel a linha freudiana, quando afirma que para a neurose não há cura, apenas tratamento.
 
Um poema no cerne destas revelações...
 
 
ROSAS E ROSAS...*


O Eu, é incerteza assomb_rosa...
Pode ser, ou é, em cada mundo,
Cor-de-rosa em cada p_rosa...

A poética louva o amor, a rosa...
Belo e inconsciente, é o prumo
Exposto em poesia amo_rosa...

Discussão leal, fala rigo_rosa...
A graça bem humorada, o sumo.
Estratificação aguda, hon_rosa...

E_ternos significados ent_rosa,
É oral, virtual e ditoso o rumo,
Rota em corpo e alma, sabo_rosa...
 
 
No poema “Rosas e Rosas” A linguagem re_significa o imaginário poético quando uma série de palavras antagônicas, às vezes entre si, constroem um significante positivo, para designar o quanto o inconsciente trai o Eu.
 
Pequenas traições que se revelam, quando alguém escreve sobre si, ou conversando com o outro se coloca na defensiva (negações), evitando – inconscientemente - vislumbrar o desconhecido, que para qualquer um é assustador e às vezes assume conotações de mágica... Este fato muda tudo...
 
Algo que seria perigoso, inconfrontável assume característica de fantasia em cuja base está o desejo... De prazer... Este jogo de faz-de-conta impede o indivíduo de ser alcançado pela loucura, mas não o impede de ser alcançado pela neurose que é comum a todo ser humano...
 
Para sobreviver a esta falta o sujeito, que em J.Lacan é lacunar, se protege no seu casulo de prazer, que passa a se constituir sua fantasia... Segundo Freud a fantasia é concreta como uma rocha... E cada um usa a fantasia como pode...
 
O importante é se manter motivado, conseguir níveis de convivência aceitáveis, na família e no trabalho. Escrever sobre si (é muito importante), registrar sonhos recorrentes, dialogar com pessoas amigas... E ser um viciado em felicidade... 
 


Ibernise.
 Indiara (GO),11.08.2007.
Núcleo Temático Filosófico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998
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(
Ver série de poemas sobre situações limites, nos links abaixo.)

 http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=367950 Cordel- "Situações limites."


http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=363212 Poema " Pó, Somente Pó..." (Perda)
http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=363216 Poema "O Homem e o Galho" (Medo)
http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=363206 Poema "Erro Sim!" (Erro)
http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=363205 Poema " A Certeza da Dor" (Dor)
http://www.ibernisemaria.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=361223 Poema "Culpa" (Culpa)

Ibernise
Enviado por Ibernise em 11/08/2007
Reeditado em 04/07/2009
Código do texto: T602047
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