Conexão
Pois que tu me deixas,
Sempre à deriva, meu amor.
E eu não me importo se te queixas a minha ausência,
Nas tuas fúnebres horas de dor.
Pois que tu me diz que me amas e me amas,
E também diz que a ti, fascino.
Mas não me diz que me espera, a tua dama,
E em troca, faz-me refém dos teus domínios.
Pois que te toca, enfim te toca,
E o ar que aqui respiro, aí tu tem por brisa.
Em tua pele poisa, à tua alma enforca,
O ar de meus pulmões, substância minha: impuro e infernal, alado e negro.
_Carolina Oliveira