Poesia Pagã

Ela escreve seus desejos na areia da praia

Logo então deixa o mar apagar o que escreveu

Será que o mar está levando embora

Ou encaminhando para interseção de Iemanjá?

O que ela deveria fazer é acender vela e rezar

Pedir para fazer a coisa certa e se perdoar

Cantando seus mantras, elevando sua alma

Perdoar rachaduras e selar antigas feridas

Reconstruir seu universo sem destruir o anterior

[Eu sou a minha religião

Acredito no amor

Busco a felicidade

Luto pela igualdade

E me foco na minha fé]

Contando pecados, talvez sejam necessários

Busque na voz e na escrita a sua liberdade

Falar e escrever trazem clareza a mente

É o melhor jeito de aliviar a carga dos ombros

Conte nem que seja para si mesmo

Por que poetas falam tanto de flores

Será que eles não leram Canteiro de Poemas?

Então vamos falar de amor e compreensão

Um pouco que seja, para atrair para nós

[Há tantos nomes e rezas

Há tanto o que pedir e agradecer

Há tanto o que perguntar

Uma oração é suficiente

Uma conversa é bastante

Para aliviar sua alma]

Existem tantos grupos e regras dos homens

Que ela sente não se encaixar em nada

Talvez o certo agora seja a fé, não religião

Vamos deixar de nos separar por instantes

De joelhos ou deitado na cama

Feche seus olhos e deixe o coração dizer

Deixe sua alma se conectar com a magnitude

Que é sentir fazer parte do que acredita

Ouça o som de se libertar

[Deuses gregos e romanos

Carl Sagan, budistas e indianos

Indígenas, cristãos e hebreus

Raiz africana, japonesa, chinesa ou coreana

Agnósticos, ateus e até quem já morreu

Lhes digo: amor, amor e busca de harmonia]

(Data: 15 de Julho de 2017)

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