Despir o tempo

Despir o tempo...

atado aos fios de vento e nuvens;

guardo pálidas imagens d'um anjo.

Teço mensagens no ar.

Palavras vestem as horas,

Desfiam sonhos, montam

cavalos de nuvens.

Misturam as cores no vazio,

mergulham silêncios do mar.

A realidade se constrói

no calo das mãos e na

sola dos pés.

Quebro pedras,

atiço fogueiras.

Imagino nos pés,

botas de chumbo;

Desenho paisagens:

flores, águas e

espinhos.

Aves cantam destinos

antes dos temporais.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 11/08/2017
Reeditado em 11/08/2017
Código do texto: T6080301
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