O redemoinho do tempo
Constante o vento que nos leva,
À vida, ao centro, um redemoinho,
Um abraço lento, um pergaminho
Que se desenrola e revela,
Caminhos do agora, o presente,
Sabem a direção, sem saber,
A bússola, ao norte,
O instinto ser,
Eterno herdeiro de outros tempos,
Outros ventos,
Espelham espaços, estações do ano,
Temperos e tormentos,
Sentem o vazio pesado, e escondem o pranto,
Fogem da vazão dos seus passos,
Se distraem, preenchidos,
O vácuo alcança os fatos e incorpora os mais vivos,
E na vacuidade, alcançam a plenitude do espírito,
À mente é a testa, é o ser híbrido,
N'alquimia confessam, somos anjos caídos,
Puxa o centro, sua força,
Somos transeuntes,
Cientes da forca,
Vivemos sabendo o que somos,
Condenados,
Como os bandidos, que amanhã,
Serão os enforcados...