Uma tal hospedaria...

Hospedou-se a verdade em minha alma:

que mentira!

Há a solidão do lado de dentro da casa

onde não moro, me hospedo.

Viaja um mundo, dentro de minhas paradas.

Em plena rua sou seu zíngaro.

Maravilhosamente eu me desespero

após sentir meu cheiro de prisioneiro.

Hospedou-se em minha lágrima,

o mar.

Sinto-me leve agora,

na prantina que me invade a alma solitária

e cheia de gente com medo da solidão.

Meu mundo é alegre e triste,

depende da horaemque me habito

porisso sou triste e alegre quando me redescubro,

uma vez de cada vez....

e pronto: mais nada!

Poema inédito (16/03/2018)

Paulino Vergetti Neto