ÊXTASE

ÊXTASE

JB Xavier

Vago pelas fronteiras do infinito,

Onde o indelével é somente uma neblina

Em que novos infinitos se iniciam...

Sou um fóton, de brevíssima existência,

Um brilho pequenino no universo,

Um pêndulo oscilante em busca do equilíbrio

Que jaz logo à frente, onde começa a plenitude...

Sigo a Fênix, que à frente, sobrevoa meus caminhos

Recolhendo as cinzas das quais um dia, renascerá...

Embebedo-me das essências dos ventos siderais

Navegando nas ondas do imutável, em sua eterna metamorfose...

Estou em tudo e em lugar nenhum...

Aspirando as essências do saber desconhecido

Enquanto desgrudam-se de mim os inúteis saberes...

O horizonte é apenas uma linha impalpável de quietudes

Na sublimidade da pureza, volátil e elevada à sua quintessência...

Tudo é quietude, no silêncio da paz dessa quietação...

E flutuo, como a pluma levada pela tempestade,

Que pousará no alto da montanha de todas as clarividências

De onde, com a visão expandida pela própria consciência

Observará o Todo, a anovelar-se, gerando a própria eternidade...

JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 21/05/2018
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