Da árvore que sou

Sou deste fruto tardio que brota do tempo...

Da mesma sorte é o amor,

onde seu tempo se perde na dor...

Minhas raízes atravessam eras, estou no passado, alimento o presente...

Minhas cascas deixo-as morrer neste solo preto...

Minhas folhas buscam a luz, cansadas, caem...

Meus galhos são outros...

Aprendi viver aprofundando as raízes da vida,

não deixo meu passado, recrio o presente...

Sou fixo, mas não no tempo...

[O melhor de mim são as memórias]