INTERNET DIVINA.

INTERNET DIVINA.

E de Palos nasceu três ovos.

E dos ovos surgiu à fé.

E da fé vastos oceanos.

Conquistas, especiarias e a Sé.

E não havia tempo pros medos.

Ali, não se guardavam segredos.

Facínora eram os rochedos.

Os bancos de areias, os ledos.

Seu guia eram estrelas.

Os astros aquele brilho maior.

Seus rastros não tinham trilhas.

E a lua, eterna lamparina.

Barris de água e vinho.

Barriga de peixe e de pão.

Motins de mortes, intrigas.

Comida de tubarão.

No word dessa poesia.

Nesta internet divina

Navego os mares da lua.

Namoro àquela menina.

Vou buscar no mapa da China.

Uma ilha no cafundó.

Não deixo rastros e trilhas.

A tela é o astro maior.

E quem é quem nesse ovo.

È a galinha ou o povo?

É o antigo ou o novo?

È humano ou estorvo?

Quem um dia porá em pé.

A oval lúdica de Colombo.

Partindo de Palos ou Lisboa.

Cruzando os mares à toa.

Tomei café no Brasil.

E almocei na Alemanha.

Jantei em outro país.

Ainda dentro da Europa.

Tomei saquê no Japão.

Provei miojo na China.

Orei em Jerusalém.

Acordei no Pará de Belém.

Apocalíptica visão.

Uma estátua fincada no chão.

Que segura a tocha com a mão.

O macaco dando sermão.

Atropelado, o futuro se mostra.

Entre o agora a internet e o ovo.

Quando iremos um dia tentar.

Conecta-nos com Deus e o novo.

Eu hoje acordei tão triste.

Eu precisava tanto conversar com Deus...

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 07/09/2007
Reeditado em 30/06/2011
Código do texto: T642012