AO REDOR DO MUNDO
Ao redor do mundo
vejo pessoas correndo de um lado para outro numa ânsia louca
em dar sentido às suas existências.
Percebo-as inteiramente perdidas entre os estereótipos ditados pela mídia,
e pelos ditames da razão.
Por um ângulo de visão limitado, seu desamparo é total.
Contudo. Humildade não é uma atitude recorrente entre os homens.
O domínio da razão fez do homem a si mesmo deus.
Então de sua deificação “mantém tudo sob a mais perfeita ordem.”.
Grandes sociedades, alta tecnologia e
curas de doenças que beiram um “milagre”,
Enchem de orgulho seus corações.
Porque pensar em um soberano ou numa vida após a morte,
se é que existe esta possibilidade.
O que verdadeiramente importa é o aqui e agora e nada além.
Desfrutar de um mundo tão prazeroso e poderoso?
“Todos os caminhos levam a deus.”
Assim o mundo se sustenta num puro antagonismo.
Em seu olhar vejo nitidamente a presença do medo, da angústia,
da solidão, do desespero!
Quem sou eu? Qual a razão do meu viver?
Para onde vou?
E as pessoas ainda caminham como que perdidas, embaladas pelo “doce”
e inebriante som de tudo aquilo que na vida material se pode alcançar.
Por mais que a humanidade “evolua”,
estas inquietações sempre estarão presentes no seu imaginário, pois
onde quer que a humanidade se encontre na linha do tempo, ela é sempre
a mesma, buscando respostas “novas” para as mesmas perguntas.
Olho ao redor do mundo
e vejo uma esplendorosa e gigante humanidade
que grita!
Grita silenciosamente...
Por algo que transcenda a sua pequenez, que ultrapasse todos os
limites deste universo, algo que o organize e o sustente.
Esse algo se pode chamá-Lo de...
Eu... eu chamo de DEUS.