Imagine!

Tudo era igual,

Nada será diferente

Contigo ou não, aqui.

As ruas permanecerão

Movimentadas, ou não

Mesmo que tenhas embarcado

Para outra estação.

Todos, sem exceção,

continuarão ocupados consigo mesmos

Mudando apenas o título da discussão..

Tu és a folha que cai sem ser notada,

Pois não percebem a ti,

Somente o que com tua queda

Vêem brotar em si..

Tua vida é como tantas,

Iguais, sem deixar nenhuma herança,

Não tens nenhuma missão,

Senão a família, o lazer, o trabalho e a decomposição.

Se no fim ninguém te olha

Pra quem estás a apresentar

A peça de teus dias,

O produto do teu labutar?

Para poucos tens importância,

Mas sempre existiu a distância,

Que faz com que percas a relevância,

Pois também eles logo pensam em seu melhor..

No fim desejas ser olhado,

Mas acaso existe aqui,

Olhar que não esteja vidrado

Em provar para si mesmo seu valor?

a ideia de indivíduo te aniquila?

a ausência de uma fonte que sacie te matou?

É um inferno teres olhos

E não existir a luz!

Pra que vida se há morte?

Se com ela tu se esvais?

Teres mão sem teres força,

É ter azar, tristeza e ais!

Imagine sentir fome

E não ter o que comer..

Mas...a ausência imediata

Não revela inexistência..

Inexistência, inexistência

É o desejo incapaz de possuír.

É a total da insana incongruência.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 12/01/2019
Código do texto: T6549485
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